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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Poema: Raio de Lua


Lua, luar de prata a inundar o céu.
Lume celestial, bola celeste.
Satélite terrestre. Capitã dos mares,
proprietária das regras feminis.

Vaga em sua falsa solidão,
pois que comunga com as estrelas.
Prata a ver o azul da bola terrestre,
dona do horizonte noturno.

Enfeita como jóia rara as cordilheiras,
brinca de intimidade quando se faz perto.
Finge-se de saudade quando vai ao longe,
mas é sempre presente, mesmo quando oculta.

Toma de empréstimo a luz solar
e brilha diferente, no seu tom.
Dona da noite, posseira dos corações,
deusa e musa das poesias.

Sua beleza tem perfil das fêmeas da terra.
É brilho atraente como os olhos da musa.
É dama que gosta da noite, e só espia o dia.
Convida o despertar dos perfumes nos jardins.

É madura, com o saber das mulheres sábias.
É menina que desperta a paixão nos meninos.
Lua do dragão, do Santo Guerreiro,
dos príncipes encantados das apaixonadas.

É dona das lendas, é nórdica e africana.
São suas filhas, as fadas e ninfas.
São suas meninas, Iansã e Iemanjá.
Pactua com todas as fêmeas da Terra.

Deusa de luz curativa, mãos de luzes.
Guardiã do portal do céu.
Medianeira da Terra e do Universo,
mãe e filha do Planeta das Águas.

Pequena jóia, mas de raro poder,
comunga com a fertilidade,
avisa a primavera, nutre todas as estações.
Flor do céu, convite ao questionamento.

Dona dos risos e dos choros,
pois que abençoa e ilumina as lágrimas,
transforma-as em gotas de cristais,
posseira dos sentimentos e emoções.

Por hoje, por ontem, pelo amanhã,
Nova, Crescente, Cheia e Minguante.
Para todo o sempre
a iluminar as efêmeras flores.
Gilberto Brandão Marcon

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